Aimoré Coelho reproduz esta página do original publicada a 20 de janeiro de 2004.
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Felin.com.br — Índice do Fórum » The Tame Talk Show   
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AutorMensagem
TameWolf
Voz de Travesseiro


Registrado em: Sábado, 4 de Janeiro de 2003
Mensagens: 3971
Localização: Ribeirão Preto - SP


Assunto: ENTREVISTA — CENO Responder com Citação



*plateia aplaude e banda toca enquanto TameWolf adentra ao palco* icon29.gif


Olá, galera que está aqui no estúdio “A” do Felin. Chegou a hora da segunda entrevista do ano, no The Tame Talk Show, o seu bate-papo de toda terça-feira aqui no Fórum Felin. Nesse 46º programa, temos a presença de um urso polar que, ao entrar no FurryBrasil, foi considerado o centésimo membro. Ele mudou de nick logo depois de sua entrada, e está conosco dividindo seu bom humor, sua inocência e seus traços sempre simpáticos e bem-humorados. Esse urso polar é um dos membros que mais dominam o Flash aqui no nosso fandom.


Senhoras e senhores, é um prazer receber...


*plateia aplaude, e Ceno entra no palco ao som de “D.I.S.C.O.”, de Papa Bear.* pata.gif pata.gif icon29.gif


Tame Wolf (TW) — Ceno, nos primórdios de sua presença nos fóruns, você era conhecido como Cenobyta. E esse antigo nick lhe dava dor de cabeça, não? Tem como relembrar um pouco essa história pra nós?
Ceno (CE): Bah, isso faz um tempinho! *coça a cabeça* Não, o nick não incomodava, esse era o nome de uma raça de uns personagens do filme Hellraiser, só soube disso quando fui consultar o orágoogle, *faz um olhar macabro, profundo com os olhos vermelhos* “Os cenobitas eram criaturas infernais, que tinham como função capturar almas e proporcionar experiências fora da compreensão humana, através de horríveis torturas na carne, com o uso de correntes e ganchos pontudos, misturando dor e prazer”.*Volta ao normal* Eu pensava que era o nome daquele cara com um monte de pregos na cabeça, o “Pinhead”, pois de início, era a esse caboclo que eu queria me referir, era para lembrar ele, mas pouca gente sequer sabia da existência do filme!
E como o nick terminava em “a”, levou muito furre a pensar que eu era “ela” mais isso durou pouco, devido a grande onda de abreviações que varreu o FB na época, fui logo “pego” por essa onda, a qual extirpou o “byta” no nick, deixando só o Ceno mesmo *dá uma risadinha de olhos fechados, balançando a cabeça de leve em sinal de negação* Hehe! E esse me rende de vez em quando alguma paródia relativa a matemática, preciso falar qual é? icon_biggrin.gif


TW — Cosseno... quero dizer... Ceno... você sempre preferiu ser um urso? E o que motivou a escolha dessa espécie?
CE: *Fita longe um hotspot balançando no cenário* Na verdade, a escolha de minha fursona demorou um pouco, de início, eu nem tinha uma definida, nem fazia ideia de qual iria usar (pensando melhor, nem fazia ideia do que fosse isso, hehe!), até que coloquei o Greg, um cachorro cinza que desenhei no Flash, como avatar no FB, mas não gostava muito dele, não era bem a fursona de um canídeo que eu queria, fiquei um tempo com uma imagem do “Tails” com avatar, mas também não seria minha fursona, longe disso, ela estava lá apenas pelo fato de eu não ter encontrado uma ideal, e eu ser um militante Sega, daqueles que morreria defendendo que o Mega Drive era muito superior ao Super Nes, e que o Sonic era muito melhor que o Super Mário. O tempo passou, em um rabisco aqui, outro ali, acabei que desenhei o urso polar, e simpatizei *dá umas risadinhas* Em parte também, é que esse urso é bem banal de desenhar, e pelo fato de ser todo branco, eu nem precisava me preocupar com o correto acabamento, sem manchas ou listras pra desenhar. icon_biggrin.gif


TW — Há algum motivo especial para a escolha de um urso polar, e não de outra espécie, Ceno?
CE: Como disse, eu havia simpatizado com o desenho do polalo, *ri, sabendo que a verdade é que era mais fácil de desenhar* não teve nada de especial de início *...*. Gosto muito de pandas, sim, eu cheguei a cogitar a morte da fursona do urso, iria colocar um panda no lugar, pensei em como ela morreria, hehe! Um dos meios que cogitei, foi, que o polalo morreria asfixiado com um Doritos®, outra maneira menos radical, ele sofreria um acidente no laboratório, o qual mancharia o pelo, transformando em um panda. Mas isso ficou para trás, agora, me apeguei muito à fursona do urso. A maioria das imagens de polares que via, era sempre na mesma situação, o urso lá na dele, indiferente ao que poderia estar acontecendo ao redor, hehe! Claro, com alguns quilômetros de neve ao seu redor, não haveria muito com que se estressar, basicamente ele vivendo a vida tranquilo, sem estressar ninguém, e evitando ser estressado.


*plateia aplaude* pata.gif pata.gif


TW — Quais foram suas maiores influências para a sua entrada no fandom brasileiro, Ceno, e quando foi isso, aproximadamente?
CE: *Apoia o cotovelo direito na mão esquerda e o queixo na mão direita, olhando ao longe* Influências tupiniquins realmente não houveram, minha entrada no fandom nacional se deu após um bom tempo, observando e descobrindo o “furry” no exterior, depois de um grande tempo navegando sempre em inglês, resolvi fazer as buscas em português, eis minha surpresa ao ver o resultado apresentado pelo orágoogle, vários sites relativos a furry brasileiros, me animei bastante. Fiquei um bom tempo navegando entre eles, acompanhei por um bom tempo o fórum do FB antes de me registrar, entre as homes pessoais, lembro da página do Vulpino, Hwei-Chow e do Jiló.


TW — Você é muito conhecido entre nós pelos belos trabalhos em Flash, mas o desenho “à pata”, no papel, também é desenvolvido por você?
CE: *Faz uma cara de “nossa, belos, aonde”?* Nossa, belos, aonde?
*plateia dá risada* icon_lol.gif icon_lol.gif
Desenhos feitos no lápis, meus, são poucos, quase nenhum, eu mesmo reconheço que deveria realizar mais nesse lado, o único exemplo de trabalho à pata feito por mim, é o cartão de aniversário que acompanhou um CD que enviei ao Chow, todo feito em caneta hidrográfica, canetinha mesmo, em cima de uma folha de papel sulfite, fora esse, alguns vários personagens variados que desenhei na apostila do pré-vestibular, que por impossibilidade de escanear, fico devendo. Acho que este também é um dos pontos que culmina na pouca presença de desenhos meus feitos à mão, falta de um scanner. Como sempre que desenho alguma coisa, ela sempre vem com temática furry, e acabo desmotivado em fazer e não ter como mostrar ao fandom.


TW — Como você aprendeu a desenhar, inclusive em Flash? Auto-didata, ou fez algum curso especial?
CE: Posso dizer que aprendi a desenhar no Flash??? Sim, é verdade, quando adiquiri meu 1º PC, um K6 500 (na verdade eu tinha um CP 400 antes desse, mas muuuuuito antes), instalei o Flash 4, motivado pelos vários desenhos animados que havia visto, feitos neste programa. Disse para mim mesmo que um dia, faria um desenho animado. Hehehe! A coisa era beeeeem diferente do que eu imaginava, aquele programa era como um ser de outro planeta. Havia mais de anos que eu não punha as mãos em um computador, o único curso que havia feito na área de informática, foi o de operador de Windows 3.11, e um anterior a esse, de datilografia computadorizada, um de fundo de quintal, onde o professor, supervisor, agente de manutenção, e diretor da escola era o mesmo cara. Esse curso baseava-se em 3 etapas. Na 1ª, o aluno fazia uns exercícios em uma máquina de escrever mecânica, eu tive a sorte de pegar uma com as teclas muito pesadas, o maldito do professor disse que era bom para “fortalecer os dedos”, passada essa tortura, fui para 2ª etapa, máquina de escrever eletrônica, tranquilo essa.
Enfim a 3ª etapa, datilografia no computador, finalmente eu teria um teclado de PC de verdade, não seria como o teclado do CP 400 (que na verdade era o computador em si) um monitor de verdade!!! Enfim, conheci meu companheiro de última fase de curso, um XT, acho que um 286, rodando DOS 5, com um super editor de textos, o “Fácil”. Aquela tela monocromo de fósforo verde nunca mais esquecerei...
Bem, voltando, com o Flash instalado no pc, eu sempre o abria, acompanhava os tutoriais, passava as lições, acabei aprendendo alguns “recursos” de animação, mas precisava ter os personagens para animar! Foi daí que comecei a rabiscar, e surpreso fiquei, da facilidade de se obter desenhos bem feitos com ele. Todos desenhos que faço são no mouse, um parto para se fazer. Travei lutas ferrenhas com o rato. Mas de tanto rabiscar no programinha, acabei pegando o jeito da coisa, ainda brigo com o mouse não tanto como antes, só uns “petelecos”.


TW — Muitos trabalhos seus têm uma veia cômica bastante presente. Nós vemos os seus trabalhos e abrimos um sorriso, com a mensagem que eles transmitem, com a graça que eles têm. é esse o seu principal objetivo, Ceno? Divertir ou fazer refletir?
CE: *Estica o braço para o Tame, levantando os pelos da dobra do cotovelo e aponta com o dedo* Eu também tenho uma veia bem proeminente aqui olha ó, é com essa que eu doo sangue, acho que todo mundo deveria fazer isso. Mas eu não lembro de nenhuma veia chamada “cômica”, lembro da cava...
*plateia e Tame dão muita risada* icon_lol.gif icon_lol.gif
Bem deixando de lado as veias, meus trabalhos em geral, são feitos em extremo grau de inspiração em momentos pai-de-santo. Se tenho uma ideia doida para um desenho, vou lá, dou umas riscadas, e pode acontecer muita coisa, como por exemplo, iniciar um desenho pensando numa situação, e no decorrer da confecção, eu mudar totalmente o significado dele. Geralmente esse significado vai migrando para alguma coisa que esteja me fazendo rir, invisto nessa situação. Faço meus desenhos sem nenhum pretexto, sem objetivos mais sérios... e falando sério, se eu quisesse fazê-los para que os outros refletissem sobre eles, eu trabalharia em uma vidraçaria fazendo espelhos!

*plateia ri novamente* icon_lol.gif icon_lol.gif


TW — Como eu disse antes, você tem uma habilidade excelente com o desenho em Flash, como outros furries aqui do fórum (Nexus e Helty, por exemplo). Por alto... manusear o Flash para trabalhos artísticos é complicado? Quais os pontos positivos e negativos dele pra esse tipo de uso?
CE: Particularmente, eu não encontro nenhum problema em manusear o Flash para desenhos. Após anos quebrando cabeça e aprendendo, eu me considero um “bom rabiscador” em Flash. Tenho a opnião de que o Flash é um ótimo programa para se desenhar, os recursos de “modelagem” de linhas como se fosse com massinha de modelar, o auto ajuste das linhas, auto encaixes, isso tudo eu acho muito bom, pois dá uma cara ótima aos trabalhos. Desenhar com o Flash se torna fácil, se me derem um Photoshop para desenhar, não conseguirei produzir desenhos com um bom acabamento. Já tentei, mas faltam “aqueles” recursos do Flash. Acho esse um ponto negativo, acabei “viciando”, sendo assim, difícilmente desenho algo de boa aparência em algum programa que não seja o Flash.


TW — Também percebemos que a arte yiff não é de seu estilo artístico, muito longe disso. O yiff lhe incomoda bastante? Você às vezes é cobrado por isso? E como você vê a proliferação de arte yiff existente e eterna no fandom?
CE: *Fita o olhar da plateia* Tava demorando essa, Tame! icon_biggrin.gif
*plateia ri e Tame abana a cauda* icon15.gif
Eu adimiro a arte yiff com certo pudor, sou assim até em RL, gosto de beldades nuas, com belos atributos, não sou muito fã de coisas mais “hardcore”. O que acontece, é que na maioria das vezes em que busquei alguma coisa “yiff” na net, costumava a ver algumas coisas das quais eu não me agradava. Acabei desistindo no dia que vez resolvi procurar por “yiff e bear” no orágoogle. Perdendo só para os canídeos, os ursos tão colados no vácuo em quesito “yiffness”. Hehe! Resolvi me auto-denominar “o primeiro urso polar brasileiro não-yiff, e quiçá, mundial!”
Há um tempo, entrei em um canal de IRC da rede Furnet, e pedi educadamente : “Alguém aí teria imagens de ursos, NÃO YIFF?” *segura uma risada* Ao que se seguiu, alguém digitou: “Eu não estou ouvindo isso”. Hehe! Um gringo ficou admirado! icon_biggrin.gif Quanto a proliferação de “yiff”, eu realmente não tenho nada contra, o problema é que, você não pode prever que uma pessoa de menor idade possa encher o micro dele com yiff pics, e um dia o pai desse indivíduo venha a encontrar isso. Para o pessoal de fora do fandom, que não compreende direito, pode levar a várias conclusões preconceituosas, achando que “furry” é só “yiff”, rotulando erroneamente o fandom.


TW — Você já pensou em criar galeria própria em grandes sites internacionais como VCL, Yerf, DeviantArt e outros, Ceno? O que acha deles?
CE: Hehehe! Se eu produzisse desenhos suficiente para encher uma página de web por semestre, eu até poderia pensar em uma galeria. Desenho pouco, dá para contar nas patas os desenhos que fiz desde minha entrada no fandom. Galeria até tenho, cedida gentilmente pelo BipedWolf, o lobo dos pampas, se lá forem, encontrarão meros 2 ou 3 desenhos, reflexos da minha baixa produtividade. Cheguei até a fazer um registro no Yerf, mas fiquei apenas logando, não tinha poderes nenhum de postar desenhos ou mensagens no fórum. Deu um certo tempo, e a conta expirou. Não entendi direito o que aconteceu, fiquei até meio chateado, pois eu havia perdido também meu único espaço na net, no “HPG”.
Mas graças a dicas de vários furres, me inscrevi no Furtopia, ganhei uma conta com 50 megas, muito eficiente. Independente disso continuo visitando o Yerf e o VCL. Posso não produzir muita arte furry, mas sou um grande admirador. No Devian, costumo encontrar problemas de navegação, acho a engine dele muito pesada, demora para abrir, pelo menos no meu PC.


TW — Quais são seus artistas furry internacionais preferidos, Ceno?
CE: Artistas internacionais, não tenho o costume de acompanhar seguidamente as obras de nenhum. Há alguns que sempre quando me “lembro”, costumo dar uma olhadinha. Um que eu admiro muito é o Chuck Jones, realmente, ele foi a pólvora do canhão que me disparou para o furry, a quantidade de personagens que ele criou, o estilo dele, marcou bastante. Claro que todos devem estar falando “mas ele não fez parte do fandom!” Ah! Mas ele criou desenhos que enviaram muitos a ele! OK, então vou dar nome agora de furre: Stina Lövkvist, tem um traço muito peculiar, todo rebuscado, mas com simplicidade, o sombreamento que ela usa. Muito gosto dos desenhos dela. Ursula Vernon, da variabilidade de estilos que ela consegue, do clima das pics dela. Também merece meu apreço.


*plateia aplaude* pata.gif pata.gif


TW — Qual foi a crítica mais engraçada ou curiosa que você já recebeu sobre um trabalho feito por ti, ursão?
CE: *Põe o indicador no lábio inferior, dá uma olhadinha pra cima* Bem, posso perguntar para os universitários? *olha pra plateia procurando algum* O que me lembro, foi sobre uma pic que fiz, onde eu tentei uma perspectiva. Eu fugindo de um pinscher com cara de doido. Aquela pic, eu reconheço, não está lá essas coisas. Foi a primeira perspectiva que tentei, e aquele pinscher realmente não ficou com uma cara boa. Todo mundo achou legal a situação, mas realmente ela tem algo que é estranho, e o estranho é que eu e os outros não soubemos explicar corretamente o que era.


TW — Você foi o mentor e coordenador de um grande amigo secreto furry ocorrido nos fóruns Felin e FB, Ceno. Como você avalia o resultado dele? E teremos outro no final de 2004? icon_wink.gif
CE: Sim, sim, o Grande furry secreto 2003, avalio-o, de 0 a 10, com a nota 6,8. Não que tenha sido ruim, pelo contrário, os vários comentários furres que não estavam envolvidos na brincadeira que lá apareceram para abrilhantar ainda mais o evento, ele poderia ter sido melhor se ao menos 80% dos inscritos tivessem comparecido. Mesmo assim eu availei como positivo, já que foi o primeiro, e contou com uma grande presença, atingindo o objetivo maior que era o de colocar toda furraiada possível em uma sala. Fico imaginando para 2004, tenho a vontade de realizar de novo. Particularmente, eu tenho que este terá um sucesso maior que o anterior icon7.gif. Aproveito aqui para deixar meus sinceros agradecimentos a todos que participaram, pelo chat e pelo tópico, inscritos ou não na brincadeira. icon7.gif





TW — Você mora em Florianópolis, uma cidade na qual moram também o Ookami e o N.Lupus. Já se encontrou com algum deles? E tem alguma história engraçada pra nos contar sobre isso? icon_smile.gif
CE: Na verdade sou natural de Criciúma, vim morar em Florianópolis por causa de um trabalho que arrumei na base aérea de lá. A cidade tem um clima muito bom, morei uns 4 meses dentro da base, depois fui para Armação do Pântano do Sul, lá fiquei por uns 2 anos. Lá morei em uma república, “éramos 4”, tinha um caranguejo muito doido que morava embaixo da casa, sempre que batíamos a toalha da mesa, ele vinha buscar as migalhas de pão. Ele era enorme, certa vez, ao estarmos saindo de casa, encontramos o caranguejo em cima de um muro de 2 metros de altura, a cena foi muito hilária, quase perdemos o ônibus tentando descobrir como aquele bixo foi parar lá em cima. Da Armação, migrei para Tapera, na qual fazem uns 3 anos que lá moro.
Cheguei sim a encontrar com o N.Lupus. O Ookami não cheguei a conhecer direito, nem mesmo no fórum. Meu “furcontro” com o N.Lupus foi, como direi, hum, normal, hehe! Eu olhei pra ele e disse “Daê!” e ele “Daê, blz?” e eu “Blz!” e eu denovo “Blz?” Maisomenos nessa base icon_biggrin.gif. Seguimos a um restaurante por ele recomendado, segundo ele, o mesmo onde havia levado você, Tame. Comida de lá era boa, um ar legal, nunca havia estado antes lá, um bom restaurante. Depois disso saímos e nos despedimos, foi meio rápido, não deu tempo de trocar muita palavra, pelo menos os “Daê, blz” foram garantidos icon_biggrin.gif.


*plateia ri* icon_lol.gif icon_lol.gif


TW — Você chegou a trabalhar numa base aérea aí em Florianópolis. Como era o seu trabalho, Ceno?
CE: *Faz um olhar nostálgico* Você como soldado em uma unidade militar não tem um trabalho definido. Eu havia entrado por um concurso, era um “soldado especializado”, ganhava 50 Reais a mais que um soldado alistado, tinha algumas regalias, mas ainda era soldado, meu “trabalho” era basicamente limpar aquela privada entupida, o qual um energúmino havia dado descarga e sujado meio banheiro, até serviços no sistema elétrico do Bandeirulha, um avião Bandeirante com vários equipamentos, desde radares até indentificadores de submarinos.
Se fosse para eu permanecer na FAB somente fazendo serviço nos aviões, eu me aposentava lá, mas como militar, você tá sujeito a vários outros trabalhos. Na aeronave, eu comecei trabalhando de auxiliar, levava uma chave aqui, outra porca ali. Depois de um certo tempo, eu já tava colocando a mão na massa. Eu não identificava panes, apenas fazia os reparos em alguns lugares, onde as panes fossem descobertas. Tive várias vezes montado, literalmente, nas costas do avião. Sabe aquelas luzinhas veremelhas *faz o movimento com a mão tentando mostrar* que ficam em cima e em baixo? As de cima, quando queimavam, eram um saco para serem substituídas, tinha todo um ritual de raspar o selante de uma campânula de vidro, limpar...
Gastava perto de meia hora nesse serviço, que era feito nas costas do avião, como se estivesse montado em um cavalo. Por ser proíbido a realização deste serviço usando calçados e até meias, ficava com o pé exposto, e meu pé ná época tinha umas frieiras muito feias, o pessoal não perdia uma chance de zoar, passavam olhando pra mim e diziam bem alto pra todo mundo no hangar ouvir “Olha o pezinho do cinderelo!” Eram cócegas perto das outras zoações, de tão baixo nível, que não vai dar pra colocar aqui, mas todas sem maldade alguma, só por zoar mesmo.


*plateia dá risada* icon_lol.gif icon_lol.gif


TW — E que situação mais bizzarra ou cômica você poderia citar pra nós a respeito desse seu trabalho?
CE: *Faz cara de uh!* Uh!
Acho que essa vai ser difícil, era muita coisa bizarra, algumas só entenderiam quem serviu um quartel, por causa de toda aquela pompa, garbo. Em qualquer quartel militar, sempre há o hasteamento e arriamento da bandeira nacional, de manhã e no final da tarde. Houve uma época que vários cachorros andavam soltos por lá, tinha um que acompanha o pessoal de serviço (pessoal escalado para fazer guarda e segurança no quartel, Ceno também participava dessa escala), o “naga”, um basset mestiço, de um porte pequeno para médio, costumava acompanhar a “a equipe de serviço” no arriamento da bandeira. Ele ao ouvir o toque da corneta, bem no momento em que ninguém poderia mexer, ou sequer dizer um ai, começava a uivar. Mais cruel era que você notava na cara de todos aquele riso prestes a explodir em gargalhada, hehe! Depois que terminava, sempre vinha o comentário de algum sargento “Temos que dar um jeito neste cão” icon_biggrin.gif
E relativo ao seviço de hangar, acho que ganhando disparado de todas as ocorrências, foi uma que aconteceu comigo em uma medida de desempenho do motor em solo. Havia um local no meio do mato, ao lado da pista de táxi, onde se fazia isso. O avião chegava lá tratorado, era “calçado” com calços de ferro, para que não se movesse, o pessoal fazia algum ajuste no motor, e depois o punha para girar, girava uns 3 minutos para aquecer, de depois era dado “manete”, potência máxima. Realmente era de apavorar, tinha as vezes a impressão de que o avião saltaria dos calços e sairia em disparada (o que já ocorreu com calços antigos O.o). Em um desse giros, eu estava zanzando, quando achei um gafanhoto verde, de um tamanho não tão grande. Eis então que me veio um ceninho todo de vermelho, fedendo a enxofre, e me disse “joga! joga! joga!!!” Heheheuhuhauhuaa! Claro que logo em seguida veio um ceninho todo de branco, fedendo a lavanda e disse “VAI DEMORAR MUITO???” Olhei para o grilo e disse “isso é por uma causa nobre!” Até aquele momento, o mais parecido com aquilo que eu faria, foi eu ter jogado uma mosca no ventilador Britânia® 30. Dei uma de bobo, aproximei-me em ângulo da hélice, estava a uns 6 metros, acostumado com aquilo, sabia já os limites. Segurei o bicho pelas pernas, em movimento de pinça, dei uma calculada e atirei-o, acompanhei quando ele desengonçado abriu as asas para voar, e foi em direção da hélice. Infelizmente (?) ele caiu no chão antes da hélice, rolou por baixo, e foi arremessado para trás do avião. Não vi ele se desmantelar, mas vi o primeiro gafanhoto a voar mais rápido que uma bala icon_biggrin.gif


*plateia e Tame dão muita risada e aplaudem* icon_lol.gif icon_lol.gif pata.gif


TW — Há espécies animais das quais você tem mais facilidade ou dificuldade pra desenhar, Ceno?
CE: Todas que ainda não desenhei, é verdade, tenho uma dificuldade pra desenhar, é falta de prática mesmo. Quando mostro algum desenho meu, quase todos são parecidos, e se perceberem estão sempre na mesma posição, hehe! E graças a santa combinação “ctrl+C, ctrl+V e ctrl+Z”, tenho as borrachas e lápis para desenho mais poderosas do universo. Não foram poucas as vezes que ao fazer qualquer desenho em papel, procurei esses comandos icon_biggrin.gif


TW — Quanto tempo, em média, você passa produzindo um desenho completo, desde a ideia até a finalização?
CE: Depende a entidade que baixar. O desenho “A experiência 2”, aquele do raposinho na moto, levou umas 6 horas seguidas pra ficar pronto, desde o primeiro traço até a exportação do arquivo em gif. Procuro não perder muito tempo em cima de um desenho, sou do tipo que quer ver logo pronto, não me contento em fazer um pouco por vez, acho que isso é um grande defeito meu, acaba atrapalhando, se notarem, trabalho muito tempo em cima dos personagens, quando chega na hora do cenário, eu começo a apressar, acabam ficando muito “pobres”.


TW — Qual grande projeto você tem em mente, dentro e fora do fandom, para 2004?
CE: *Fecha a pata direita e em movimento de martelo bate na pata esquerda* Mexer esse meu traseiro gordo, e começar a desenhar mais e colocar também a home do Ceno no ar, consegui um bom espaço no Furtopia, e gostaria de colocar alguma coisa realmente legal lá, artes e principalmente tirinhas, ultimamente, tenho isso em mente mais do que nunca. Em grande parte depois que de descobrir as tiras do Niquel Náusea. algumas podem parecer idiotas e tolas, mas sempre tem uma que dispara teu humor, e faz você enchergar a graça daquelas tolas, eu me divirto as veras lendo todas elas!


TW — Alguns de seus trabalhos vistos nos fóruns são ligados a plushies (ainda rio com o plushie do Ceno russo com cara de yiffy olhando pra garrafa. ^_^) Você tem plushies em casa, Ceno? Se não... gostaria de ganhar um de alguém? icon_smile.gif
CE: Hehehe! É verdade, aquele arrancou risadas até de não furry, mostrei prum pessoal e agradou. Intitulei de plushie, mas aquele não tem nada de plushie, passa longe, alguma coisa que chega perto disso, é um combo de Cenos de várias cores que desenhei e um que fiz pro Chow. Em casa, tenho um Beanie Bag TY, um pinguim que mora em cima do meu monitor. Ele tem um chapéu de feltro verde que fiz, parecido com chapéu de gnomo. Os mais geeks que visam ele reinando absoluto no alto do monitor já indagam “é o Slackware? Red Hat? Conectiva?...” Faço uma cara de doido e digo “Nada, uso ele pra limpar o monitor”, que não deixa de ser uma verdade icon_razz.gif. Se este pode se considerado um plushie, está aí um exemplar, fora esse não tenho outro, também não tenho uma vontade doida de ter plushies, acho-os muito legais, tem alguns mesmo que dá pra morrer esmagando de tão “cuties”. Plushies como presente? Acho que ele deve vir de uma pessoa muito especial. Isso é o que dá um grande valor a ele, fazendo-o não apenas mais um “plushie”.


TW — é hora do pingue-pongue, Ceno.
CE: *Faz cara de apavorado* Calma aê!!! Não trouxe raquete!!! Nessa mesa??? Bah, adoro pingue pongue!!!!


*plateia dá risada* icon_lol.gif icon_lol.gif


Ceno... por Ceno: Bah piludão, tu tens de desenhar mais!!!!
Ser furry: Uma descoberta
Ser um urso: A melhor parte dessa descoberta
Ser yiffy: Baixo índice de “yiffness”
Florianópolis: A melhor escola que tive até agora
Emprego dos sonhos: Em algum zoo da Austrália icon7.gif))
Vestimenta favorita: Bermudas
Carro preferido: Já que não tenho nenhum, posso abusar do sonho? Um Shelby Cobra.
Bebida favorita: Caldo de Cana
Comida favorita: Feijoada, daquelas ultra carregadas, acompanhada de salada de repolho verde
Vida amorosa RL: Nada em vista, e pelo fato de ser um grande “bundão” vou demorar a arrumar um partido icon_razz.gif
Baladas: Pretendo voltar assim que arrumar um novo trampo, pois “nego pelado não dança”
Mania mais estranha em casa: Ficar “cavucando” as laterais das unhas dos dedos do pé
O que te faz rir muito: Filmes estilo “Um Dia a Casa Cai” e “Quem vai Ficar com Mary”
Tem sorte no jogo? Você conhece algum “cheat” pra jogo do bicho????
Programa de TV: Qualquer um estilo “National Geographic” (saudades da Discovery)
Usa muito telefone? O que é isso?
Filme preferido: “Maverick” (a cena do índio! icon_biggrin.gif)
Música preferida: “I Heard It Through The Grapevine”, Creedence Clearwater Revival
Se escolhesse uma cidade pra morar, que não fosse Floripa, qual seria? Bombinhas!!!
Seu último presente de Natal: Uma caixa de especialides Nestlé® *nham!*
Tímido ou extrovertido? Com desconhecidos, travado, o ápice do timidez, com conhecidos de longa data, o inverso total.
Filosofia de vida: Uma velha, batida, conhecida por todos “Viva e deixe viver”.


TW — Ceno, muito obrigado pela sua participação aqui no “The Tame Talk Show”. Foi uma bela entrevista. Agradeço bastante. Quem quiser comentá-la, é só dar uma passadinha nos bastidores.


*abraça o ursão e vira-se pra plateia*


TW — CENO, SENHORAS E SENHORES...^_^


*plateia aplaude de pé* pata.gif pata.gif


CE: Agradeço a você Tame por essa entrevista! Chow por ter cedido um scan do cartão, BipedWolf pela galeria, Hawtorn por ter me dado a dica do Furtopia (Chow também deu, e se me lembro o Tame também icon_razz.gif), e claro ao pessoal do Furtopia! Todos que curtem meus de desenhos e a toda furraiada que aqui esteve presente!
_________________
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Ter, 20/Jan/04, 9:09
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